06/11/2010

VIVER OU JUNTAR DINHEIRO? (MAX GEHRINGER)

Viver ou Juntar dinheiro?

Há determinadas mensagens que, de tão interessante, não precisam nem sequer de comentários. Como esta que recebi recentemente.

Li em uma revista um artigo no qual jovens executivos davam receitas simples e práticas para qualquer um ficar rico. Aprendi, por exemplo, que se tivesse simplesmente deixado de tomar um cafezinho por dia, nos últimos quarenta anos, teria economizado 30mil reais. Se tivesse deixado de comer uma pizza por mês, 12 mil reais.

E assim por diante.

Impressionado, peguei um papel e comecei a fazer contas. Para minha surpresa, descobri que hoje poderia estar milionário. Bastaria não ter tomado as caipirinhas que tomei, não ter feito muitas viagens que fiz, não ter comprado algumas das roupas caras que comprei.

Principalmente, não ter desperdiçado meu dinheiro em itens supérfluos e descartáveis.

Ao concluir os cálculos, percebi que hoje poderia ter quase 500 mil reais na minha conta bancária. É claro que não tenho este dinheiro.

Mas, se tivesse, sabe o que este dinheiro me permitiria fazer?

Viajar, comprar roupas caras, me esbaldar em itens supérfluos e descartáveis, comer todas as pizzas que quisesse e tomar cafezinhos à vontade.

Por isso, me sinto muito feliz em ser pobre. Gastei meu dinheiro por prazer e com prazer. E recomendo aos jovens e brilhantes executivos que façam a mesma coisa que fiz. Caso contrário, chegarão aos 61 anos com uma montanha de dinheiro, mas sem ter vivido a vida.



"Não eduque seu filho para ser rico, eduque-o para ser feliz. Assim ele saberá o VALOR das coisas e não o seu PREÇO"



Que tal um cafezinho?

22/09/2010

E-COMMERCE – Leia hoje e delete daqui a 03 anos.

Sua experiência no mundo real não significa nada no mundo virtual, a cada 04 anos os dados sobre comércio eletrônico mudam significativamente, o segredo é sempre pesquisar e adaptar-se rapidamente.

Em 1993 foi o início das vendas pela Internet, só se comprava software e a conexão nessa época era discada, simplesmente não decolou mais rápido em virtude desse entrave. 1,2% é quanto o Brasil representa em relação ao comércio eletrônico mundial atualmente, enquanto o EUA sozinho representa 53% do consumo mundial pela rede.

A mulher compra mais que o homem, 63%, a faixa etária que mais compra está entre 31 e 40 anos, o motivo: o poder de compra somado ao conhecimento da ferramenta. Os jovens menores de 20 anos navegam bastante, mas não têm massa financeira para comprar.

Carro e moto na Europa são vendidos pela internet com ótimos resultados, isso não significa que o preço seja menor do que em uma loja física, muitas vezes é até maior, entretanto comprar carros na Europa pela Internet pode virar uma compra “experiencial”. O cliente personaliza o carro pela internet, compra e ganha uma viagem para fábrica da marca, lá ele testemunha o nascimento do seu carro, peça por peça, ainda passeiam pelo Museu do Carro e as crianças podem brincar no perfeito parque temático cheios de carrinhos, simplesmente show.

Quando o e-commerce surgiu houve pânico no varejo tradicional achando que as lojas físicas fechariam, mas o tempo confirmou o contrário. Muitas lojas passaram a ser híbridas (bricks & clicks) e o e-commerce virou complementar e não único. Por que as lojas sobreviveram? Algumas coisas ainda não podem ser vendidas pelo e-commerce, ou seja, os 05 sentidos: tato, paladar, cheiro, visão, audição, é só visitar uma loja de crianças e você vai perceber como seu filho vai ficar louco para ter aquele brinquedo, com certeza você será presa fácil.

Um case de sucesso nos EUA é a American Girls, com público alvo bem definido e segmentado, a loja conquista as “meninas-patricinhas” de 04 a 07 anos com uma boneca que praticamente vira um membro da família, ganhando roupas, desfiles, vacinas, e-mail, aniversário e tudo mais que o marketing possa criar para arrancar o dinheiro dos pobres papais e mamães Americanos, não sei se essa loja emplacaria no Brasil, pois acho uma maneira muito agressiva de captar clientes, mas esse é um assunto para o CONAR.

Podem perguntar: mas quando a menina faz 09 anos ela deixa de comprar as bonecas e vai embora? Sim, mas vai para outra loja que também pertence à American Girls, uma nova loja com um conceito totalmente diferente voltado para o público teenage, ou seja, nome novo, público novo, conceito novo e armas diferentes para manter as antigas colecionadoras de bonecas em novas pré-adolescentes cheias de sonhos, entusiasmo e vontade de amadurecer para se afirmar no mundo como uma patricinha bonita, popular e desejada.

Fonte: http://www.nrf.com/

Quebre a Banca!

Fabricio Medeiros

19/09/2010

Você já se hospedou no Fórmula 1 ou seria Fórmula (-1) ?


Eu entendo os investidores que querem fazer um hotel com diárias low-price, muitas empresas se posicionam desse jeito e ganham muito dinheiro, o caso mais clássico é a GOL. O problema acontece quando o cliente paga e nem ao básico lhe é dado o direito, causando uma sensação de desconforto, injustiça e frustração. O relato abaixo de um amigo meu exemplifica como uma grande empresa que pratica preços baixos pode decepcionar o cliente, criando uma legião de insatisfeitos que vão falar mal da marca, ser for alguém como meu amigo, começará falando mal para o taxista e finalizará escrevendo para o mundo.

Quer conhecer melhor um hotel? Pergunte aos taxistas locais. A Internet engana e a secretária da empresa foi na onda da foto bonitinha do hotel de marca e esqueceu-se de pedir referências, não deu outra, equipe traumatizada, precisando de um mês de psicólogo. Vamos aos fatos elencados por ele:

O quarto para duas pessoas é menor que um barraco, para fazer suas necessidades você entra de frente ou de costas, virar é impossível, a história se repete no chuveiro, minúsculo. O carpete é antigo e solta ácaros ao léu, foram noites mal dormidas e narizes sangrando em virtude do mix atômico do clima seco de SP + carpete terrível adicionados a cama “Maria mole” com lençóis de fio 10. A cama era no sistema beliche, parecia que dormira em um presídio, o cúmulo foi o controle remoto com fio da TV de 14 polegadas, essa preciosidade entrará nos anais dos piores momentos da indústria hoteleira do Brasil.

Acústica não existe no Fórmula (-1), para completar o elevador ficava colado no quarto, simplesmente o barulho furava os tímpanos, fora as conversas alheias ouvidas por todo o andar.

E o serviço? Há o serviço... A camareira entrou no quarto sem bater duas vezes, simplesmente não tinha nem uma lista que lhe orientasse. Em uma das noites um homem bateu no quarto e disse ser o “arrumador”, quando abriram, o “arrumador” humildemente pediu uma ajuda em dinheiro... Ué, estamos na rua, pensou ele com seus botões, NÃO amigos, estavam em um hotel em um bairro legal, com uma fachada bonita e pertencente a uma das maiores redes de hoteleiras do mundo, simplesmente um mendigo achou mais cômodo fazer sua coleta usando a modalidade de visita vertical e a segurança lhe estendeu tapete vermelho.

Café da manhã – ninguém merece comer um pão que ficará seis dias em seu organismo para ser digerido e ainda pagar por isso, inclusive acreditasse que eles usam o péssimo café como estratégia para os hóspedes comprarem na loja que fica no hall de entrada, essa querida lojinha cobra preços 500% mais caros que a padaria da esquina, mas infelizmente, é o custo da oportunidade e quem não tem cão, caça com gato.

Ele disse ainda, que faltou luz em alguns momentos e o elevador parava de vez em quando, sobre A RECEPÇÃO, ele disse não chamá-la assim, usava outro nome: A DECEPÇÃO, também não o ajudou em nada, até as malas reclamaram do atendimento.

Desejo melhor sorte da próxima vez que meu amigo for a SP, pelo menos, ele já sabe que hotel indicará para concorrência.

Quebre a banca!


Fabricio Medeiros

31/08/2010

O CAOS que ajuda!


O estilo de liderança está ligado também a fatores culturais, no Brasil é comum reuniões acabarem com algum tipo de revolta por parte daqueles que estão sendo pressionados por resultados. É verdade que muitas vezes o chefe cobra coisas que deveriam ter sido feitas, mas ele mesmo não orientou ou não mostrou como se faz, é o famoso “coelho na cartola”, que pega de surpresa a maioria, pois é, esbravejar e apontar os culpados quase sempre é um antídoto para o stress dos nossos chefes, funciona? Aparentemente, sim.

Você pode achar que isso tudo está errado no comentário acima, mas pela força de milhares de reuniões que participei posso dizer que funciona, infelizmente, o perfil do trabalhador Brasileiro está sempre ligado a dois incentivos: pressão e recompensa. O funcionário precisa saber que resultado é essencial, que apenas fazer o possível (e para nós, o possível já é muito), não adianta, tem que fazer o que é certo, na hora certa e do jeito certo, sempre melhor e mais rápido. Nunca vi uma reunião traumática e cheia de batidas na mesa não produzir algum resultado nas pessoas, é verdade que no primeiro dia todos estão ressabiadas, magoados, digerindo a pancada, mas depois disso o funcionário vai à luta para limpar seu nome, afinal de contas, ele foi atacado em frente aos colegas de trabalho, por incrível que pareça, o CAOS gerou uma nova pessoa, um colaborador com a faca nos dentes, querendo ser o melhor, querendo provar que é capaz. Invariavelmente, acontece o inesperado, o CAOS abre caminho para que as melhores soluções apareçam, levando o indivíduo ao alto desempenho.

O momento mais critico é o pós-conquista. Precisa ficar claro para todos da organização, que aqueles que absorvem a crítica e fazem dela um trampolim para melhorar serão os mais valorizados e recompensados por seu trabalho e por seus resultados, caso contrário, o suplício das reuniões e cobranças só serviram para melhorar o funcionário e entregá-lo de bandeja para concorrência.

Resumo:

Trabalhador > Aceite a crítica, trabalhe duro, entregue resultados e mostre para todos que você é F***.

Chefe > Pressione nas reuniões, cutuque o ego, mas se ele corresponder recompense-o na mesma moeda, caso contrário, você terá um novo concorrente, e esse é F***.

Quebre a banca!

Fabricio Medeiros

01/08/2010

A mente sem lógica do consumidor.

O que escrevo aqui é como determinado produto pode surpreender o pessoal de P&D das empresas, que demoraram anos planejando e criando um produto com características e propriedades que visavam atender determinado público e segmento. Um exemplo clássico é o RED BULL, o produto foi concebido com a idéia de ser o energético mais famoso do mundo, um produto sinônimo do esporte de alto desempenho, de estilo radical, um produto para atletas, porém caros leitores, o RED BULL virou a bebida da balada, a bebida que mais se mistura com o uísque, virou a bebida do homem-stress, que toma seu Red Bull no café da manhã para chegar mais ativo no trabalho. Podemos julgar e dizer que a comunicação de marketing foi errada? Não amigos, o consumidor é quem posiciona o produto e não o marketing. A empresa até se esforça, mas não tem bola de cristal para adivinhar o caminho que aquele produto vai seguir após ser lançado.




Querem outro exemplo? A coca-cola rouba sistematicamente as vendas do Engov, por quê? O consumidor atribui à coca-cola uma espécie de propriedade anti-ressaca, que faz dentre outras coisas: “uma lavagem em nosso intestino”, palavras do meu primo Victor, 18 anos de idade.

Isso já aconteceu com você? Bem vindo ao clube.

Quebre a Banca!

Fabricio Medeiros

04/07/2010

A BRAHMA estava errada, não basta ser guerreiro.

A BRAHMA estava errada, não basta ser guerreiro.


Assim como acontece na vida empresarial, Dunga mostrou ser um líder paternalista, sua escolha teve um preço.

O paternalista é aquele que se fecha com o grupo e defende seus liderados como uma leoa protege seus filhotes. Dunga esbravejou com a imprensa afastando seus pimpolhos da tentação, passou a mão na cabeça de alguns patinhos feios como os criticados Felipe Melo e Júlio Batista. Para provar que era coerente e ganhar o respeito do grupo convocou até o inexpressível goleiro Doni, que só foi chamado pela bravura que teve ao peitar seu clube e não faltar às convocações. O time se fechou em torno do Pai, todos com o mesmo pensamento, com a mesma gana de vencer, todos os guerreiros de Dunga em busca de uma viagem épica rumo a copa do mundo da África do Sul.

Dunga achou que o time não deveria ter estrelas, deveria ter guerreiros, foi por isso que nosso ataque teve Luis Fabiano, um batalhador de recursos limitados. O técnico da seleção apostou no craque perfeito, no menino que toda sogra gostaria de ter, mas infelizmente caráter não ganha jogo, caráter ganha credibilidade, respeito, contratos de publicidade e tudo mais, mas ganhar jogo é coisa para gente talentosa, gente que desafia o óbvio, que inventa o que não existe, infelizmente nosso craque estava com os ossos de vidro e mesmo jogando com o ímpeto de um guerreiro persa foi esmagado pela nova laranja mecânica. Não adianta nada ter um exercito de gafanhotos se a briga acontecerá dentro de uma piscina, é preciso usar força + estratégia, pois só cara feia e disposição não bastam, aliás, não bastaram, não é mesmo Robinho?

2014 vêm ai! Não queremos mais a baderna dos roliços de 2006 e muito menos os pseudo-guerreiros de 2010. Precisamos de um novo líder, um homem que finalmente consiga mesclar o sangue vermelho dos guerreiros com o sangue azul dos talentosos.

P.S – Saudades do Romário...

Quebre a banca!

Fabricio Medeiros