No aclamado filme o Diabo Veste Prada, as lições do mundo corporativo aparecem aos montes, desde a executiva durona que trabalha 14h por dia e massacra os subordinados, até a estagiária sonhadora que ganha a sua grande chance de trabalhar numa empresa famosa considerada degrau para muitas outras oportunidades de emprego.
À medida que o filme passa, percebemos que a estagiária começa a seguir os passos de sua chefe linha dura: muito trabalho; disciplina; fazendo o impossível para conseguir provar que era uma boa profissional. Ao passo que a sua visualização aumentava, seus amigos, sua família e seu namorado, cada vez mais, sofriam com a sua ausência. Mas, em compensação... roupas. Há sim, muitas roupas, sapatos, bolsas, acessórios variados e networking a toda prova, regados com vinho francês e canapés.
É caros leitores, o que fazer nessa situação? Abdicar da sua vida pessoal para se tornar uma grande executiva, ou simplesmente ter um emprego modesto e com todo orgulho vestir C&A?
Segundo Max Gehringer, você deve ganhar dinheiro até os quarenta anos e subir de cargo no mínimo sete vezes para ter um bom salário. O problema é que isso quase sempre requer uma alta dose de ausência familiar. Já Eduardo Shinyashiki, vê felicidade nas pequenas coisas e diz que a questão do sucesso profissional está ligada a síndrome do vizinho, ou seja, provar a qualquer custo que somos os melhores da nossa rua; exibindo nossos carros luxuosos e os ternos Armani.
Confesso meus amigos, que vivo em uma berlinda, por vezes quero ser um executivo poderoso e bem vestido, mas muitas vezes quero apenas ser um simples funcionário comendo um espetinho com os colegas no final do expediente.
Aí, vem meu irmão caçula e diz: “Fabrício você tem que encontrar um meio termo”. Então, eu respondi: “querido, você acha que se isso fosse fácil, um Bill Gates ou um Antônio Emílio de Moraes da vida já não teriam comprado? Esse meio termo parece não querer se mostrar, é como brincar de se esconder com Osama Bin Laden, você sabe que ele existe, mas ninguém consegue encontrá-lo.
Um comentário:
Muito bom o seu comentário sobre as opções de uma vida profissional de sucesso ou viver de um salário modesto e ser feliz junto dos amigos e famíliares.
No momento eu estou me dedicando a primeira opção para quando eu chegar aos 42 anos poder voltar e curtir o resto da minha vida perto dessas pessoas importantes.
Abraços,
Stwart Lima
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