19/09/2010

Você já se hospedou no Fórmula 1 ou seria Fórmula (-1) ?


Eu entendo os investidores que querem fazer um hotel com diárias low-price, muitas empresas se posicionam desse jeito e ganham muito dinheiro, o caso mais clássico é a GOL. O problema acontece quando o cliente paga e nem ao básico lhe é dado o direito, causando uma sensação de desconforto, injustiça e frustração. O relato abaixo de um amigo meu exemplifica como uma grande empresa que pratica preços baixos pode decepcionar o cliente, criando uma legião de insatisfeitos que vão falar mal da marca, ser for alguém como meu amigo, começará falando mal para o taxista e finalizará escrevendo para o mundo.

Quer conhecer melhor um hotel? Pergunte aos taxistas locais. A Internet engana e a secretária da empresa foi na onda da foto bonitinha do hotel de marca e esqueceu-se de pedir referências, não deu outra, equipe traumatizada, precisando de um mês de psicólogo. Vamos aos fatos elencados por ele:

O quarto para duas pessoas é menor que um barraco, para fazer suas necessidades você entra de frente ou de costas, virar é impossível, a história se repete no chuveiro, minúsculo. O carpete é antigo e solta ácaros ao léu, foram noites mal dormidas e narizes sangrando em virtude do mix atômico do clima seco de SP + carpete terrível adicionados a cama “Maria mole” com lençóis de fio 10. A cama era no sistema beliche, parecia que dormira em um presídio, o cúmulo foi o controle remoto com fio da TV de 14 polegadas, essa preciosidade entrará nos anais dos piores momentos da indústria hoteleira do Brasil.

Acústica não existe no Fórmula (-1), para completar o elevador ficava colado no quarto, simplesmente o barulho furava os tímpanos, fora as conversas alheias ouvidas por todo o andar.

E o serviço? Há o serviço... A camareira entrou no quarto sem bater duas vezes, simplesmente não tinha nem uma lista que lhe orientasse. Em uma das noites um homem bateu no quarto e disse ser o “arrumador”, quando abriram, o “arrumador” humildemente pediu uma ajuda em dinheiro... Ué, estamos na rua, pensou ele com seus botões, NÃO amigos, estavam em um hotel em um bairro legal, com uma fachada bonita e pertencente a uma das maiores redes de hoteleiras do mundo, simplesmente um mendigo achou mais cômodo fazer sua coleta usando a modalidade de visita vertical e a segurança lhe estendeu tapete vermelho.

Café da manhã – ninguém merece comer um pão que ficará seis dias em seu organismo para ser digerido e ainda pagar por isso, inclusive acreditasse que eles usam o péssimo café como estratégia para os hóspedes comprarem na loja que fica no hall de entrada, essa querida lojinha cobra preços 500% mais caros que a padaria da esquina, mas infelizmente, é o custo da oportunidade e quem não tem cão, caça com gato.

Ele disse ainda, que faltou luz em alguns momentos e o elevador parava de vez em quando, sobre A RECEPÇÃO, ele disse não chamá-la assim, usava outro nome: A DECEPÇÃO, também não o ajudou em nada, até as malas reclamaram do atendimento.

Desejo melhor sorte da próxima vez que meu amigo for a SP, pelo menos, ele já sabe que hotel indicará para concorrência.

Quebre a banca!


Fabricio Medeiros

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